A revenda de
ingressos para o Rock In Rio, que começou logo após os ingressos esgotarem em
4h15 na quinta-feira (4), está sendo investigada pela Polícia Civil do Rio.
"Estamos atentos à ação de cambistas", diz ao G1 o delegado Paulo Roberto
Lima de Freitas, da Delegacia do Consumidor (Decon).
Segundo Paulo Roberto, agentes da polícia estarão à
paisana, próximos às entradas do festival, nos dias do evento. A venda de
ingressos por cambistas na internet também é alvo de investigação, segundo
Gilson Perdigão, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
A pessoa que revende
ingressos por um preço mais caro que o cobrado pelo evento ao público pode ser
punida com seis meses a dois anos de prisão, diz Paulo Roberto de Freitas. A
ação é considerada crime contra a economia popular, tipo previsto pela Lei nº
1.521/51.
"Se uma pessoa estiver revendendo o ingresso pelo
mesmo preço ou mais barato, não caracteriza [crime]", diz o delegado. Em maio de 2011, um homem foi detido por ser suspeito de
vender ingressos para a edição daquele ano do Rock In Rio por cerca de R$ 300 a mais do que o
preço original.
Por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil do
Rio, o delegado Gilson Perdigão disse que o caso da venda pela internet está
sendo investigado e que mais informações não podem ser passadas ainda, para não
atrapalhar o andamento do trabalho. Na quinta-feira (4), havia ingressos para a
edição de 2013 sendo revendidos por até R$ 1 mil a mais do que o preço
original, R$ 230.
"Vão ser feitas ações com policiais infiltrados. A
lei não discrimina quantidade. Se é uma pessoa com ingresso próprio, sem
antecedente, pode ser a pena mínima [seis meses]. Mas se é uma pessoa que já
praticou este crime, e tem muitos ingressos, pode-se aplicar a pena máxima
[dois anos]", diz Paulo Roberto de Freitas.
"A importância de se infiltrar no local com agentes
à paisana é localizar onde o cambista guarda os ingressos", já que
normalmente ele não anda com todos eles na mão, acrescenta o delegado. Ingressos falsos
A polícia no local também estará atenta à venda de ingressos falsificados,
segundo Paulo Roberto de Freitas. "O ingresso vai ser encaminhado para
perícia. Pode cair em crime de falsificação, pode ter uma pena maior, que chega
a cinco anos", diz o delegado da Decon.
Sites são responsáveis, diz Procon
Procurados pelo G1 na quinta-feira (4),
representantes dos sites Mercado Livre e Comprei E Não Vou, em que era
oferecida revenda de ingressos para o festival por usuários dos sites, disseram
que a responsabilidade pela venda é das pessoas que se cadastram e oferecem o
produto. Eles indicaram que os próprios usuários denunciem a ação de
cambistas.
O site Viagogo, onde
também há revenda de ingressos para o festival, faz parte de uma empresa
registrada nos EUA e não tem assessoria de imprensa ao Brasil.
Até a próxima!!!
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